A luta pela sobrevivência em África e um contexto global mais vasto exigem que reavaliemos a pesquisa em ciências sociais no continente. Corremos vários riscos severos, entre os quais a ideologização, os resultados predeterminados, a banalização dos protocolos da pesquisa, o imediatismo analítico, o discurso literário e a sobrevalorização do quantitativismo. Devemos regressar aos fundamentos do trabalho científico rigoroso e organizar o pensamento com base nesta pergunta: como estabelecer uma ligação produtiva entre teoria e investigação empírica? Responder a essa pergunta significa, cruzando disciplinas e métodos, privilegiar nas dinamicas sociais africanas os métodos e os instrumentos de pesquisa qualitativos, que não podem ser considerados como menos rigorosos do que os quantitativos. Para tal urge debater a clivagem tradicional entre quantidade e qualidade (discutindo a quantificação nas ciências sociais), a ilusão do saber imediato (reabilitando a "construção do objecto") e os instrumentos técnicos de colecta de dados (da entrevista à fotografia).
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